Bem vindo NOVO: Realmente um novo partido no Brasil - por Wilson Santiago

Sempre ouço que temos partidos políticos demais que incha nosso sistema político e fazendo uma verdadeira sopa de letrinha na cabeça do eleitorado. Tais partidos, em sua maioria, não representam um verdadeiro viés político ideológico, na verdade foram criados para satisfazer necessidades pessoais de alguns “caciques” da política, que os criaram como meio de perpetuar seus poderes e sua penetração na máquina pública, é o interesse pessoal se sobrepondo ao coletivo.

Nesse contesto, acompanho atentamente a criação de novos partidos e tive o prazer de acompanhar o nascimento do NOVO, que em um primeiro momento, imaginava ser igual aos outros que se formaram, mais ao receber um convite para ir em uma apresentação e ter a oportunidade de ler seu estatuto, tive a certeza que não se tratava de um partido qualquer. O Novo é um partido que mais parece uma empresa, isso mesmo, percebi que seus filiados são sócios que pagam mensalmente sua contribuição, uma vez que o Novo é totalmente contra o fundo partidário, pretendendo sobreviver com recursos próprios provenientes de seus filiados e apoiadores. Seus diretores tem metas a cumprir e o que achei mais interessante é que o partido é formado por, até então, não políticos, o seu quadro executivo é formado por pessoas que nunca tiveram envolvimento direto na política, são engenheiros, administradores, advogados, empresários e outras formações, isso não quer dizer que políticos não podem fazer parte do Novo mais passa por um criterioso processo de aceitação, que entre outras coisas, verifica sua ficha política e se já tiver tido algum mandato, é analisado seu histórico de votações como parlamentar e atos executivos para ver se foram de acordo com os pensamentos do Novo. Na escolha de seus candidatos é feita uma seleção interna, além de uma votação em congresso, como todos os partidos deveriam fazer, mais não fazem.

De fato é um partido que nasce interessante, que vem com um forte viés de direita, embora seus integrantes não gostem de ser assim classificados, que pregam o Estado Mínimo, o liberalismo econômico, a meritocracia, a livre iniciativa entre outras características de um clássico direitista.

Se dará certo em nosso País é uma incerteza, se vai eleger representantes nos próximos pleitos, também não podemos afirmar, pois não admitem coligações; O fato é que não se trata de um partido igual aos novos partidos que foram formados, de fato esse partido é NOVO.

Fonte: http://www.politicadeitaguai.com.br/2004/02/bem-vindo-novo-realmente-um-novo.html